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terça-feira, 20 de julho de 2010

Paola de Orléans e Bragança

Paola Maria de Sapieha-Rozanski e Bourbon-Orléans-Bragança (Londres, 23 de abril de 1983), princesa de Sapieha-Rozanski e modelo brasileira.

Filha do príncipe polonês Jan Pavel de Sapieha-Rozanski, possivelmente, descendente de Gediminas da Lituânia, e de D. Maria Cristina de Orléans e Bragança, princesa de Orléans e Bragança. Neta da infanta D. Maria da Esperança de Bourbon-Orleáns, condesa de Villamanrique (Sevilha), e de D. Pedro Gastão de Orléans e Bragança, bisneta de D. Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança e trineta de D. Isabel do Brasil, pertencendo, assim, ao Ramo de Petrópolis.



Veio da Inglaterra para o Brasil com apenas um ano e meio de idade, após seus pais se divorciarem. Em fevereiro de 2006, deram-lhe a nacionalidade espanhola, bem como a seus quatros primos nascidos no Brasil, também netos de Dona Maria da Esperança. Sua irmã é a também princesa Ana Teresa de Sapieha-Rozanski e Bourbon-Orléans-Bragança (Petrópolis, 25 de Maio de 1981).
 
Hoje mora em São Paulo onde se formou em Desenho Industrial. Antes de Paola decidir que rumo tomaria em sua vida, o destino se encarregou de colocá-la nos trilhos da moda e foi quando uma amiga de sua mãe a convidou para fotografar um catálogo de jóias, que o mercado brasileiro voltou seus holofotes para a princesa, até então desconhecida no mercado de moda. Do seu primeiro catálogo até hoje, a princesa modelo/designer acumulou trabalhos de peso, incluindo campanhas para as principais marcas brasileiras e concorridas capas de revistas de moda, como Vogue, Elle e Trip; foi clicada pelas lentes de fotógrafos renomados como Mario Testino, Bob Wolfenson, Murilo Meirelles, entre tantos outros e provou que nobreza, tradição familiar e modernidade podem sim andar juntas em perfeita harmonia.


Em 2007 Paola deu um passo importante em sua vida profissional, desenvolveu três linhas de jóias para uma conhecida joalheria nacional, sendo que uma delas é releitura das tão comentadas jóias da coroa. Paola apresenta um estilo marcante, clássico e atual, que está combinado com a já conhecida personalidade que mistura tradição e vanguarda, sem exageros. A princesa Paola Orléans e Bragança é hoje sem dúvida o mais célebre membro da família imperial brasileira.
 
PERFIL




A princesa de piercing

Paola de Orleans e Bragança, tataraneta da princesa Isabel, trabalha como modelo, votou em Lula e vai à faculdade de ônibus


Vai ser um alvoroço na turma de primeiro período de desenho industrial da UniverCidade, no Rio de Janeiro. Os alunos descobrirão que Paola Sapieha, a lourinha tímida que se classifica como 'sem jeito', é uma princesa. E, apesar do 1,78 metro de altura com tudo no lugar que seus 57 quilos permitem, isso não é apenas uma metáfora. Seu nome completo é Paola Maria de Bourbon Orleans e Bragança Sapieha, tataraneta da princesa Isabel. Paola é princesa, mas faz de tudo para ser plebéia. Até mesmo esconder o nome nobre. 'As pessoas imaginam que uma princesa vai aparecer vestida como uma Barbie, cheia de frescuras, mas eu não sou assim. Estou há três meses na faculdade e ninguém lá sabe. Agora vão saber, né?', diz a moça de 19 anos, com uma ponta de arrependimento pela entrevista a ROYALTYnow.




Currículo

Aos 19 anos, é modelo e faz três desfiles por semana. Cursa o 1º ano de desenho industrial

Genealogia

Filha de Maria Cristina do Rosário Bourbon Orleans e Bragança e do príncipe polonês John Paul Sapieha

Estilo

Gosta de música tecno, mas odeia samba. Gosta de praia, tem três piercings e votou em Lula
 
 
Não que ela viva escondida dos holofotes. Modelo na agência Elite, Paola já participou de dezenas de desfiles e comerciais de TV. Mas vai à faculdade num Mercedes - aquele com 32 sentados e 99 em pé. Nossa princesa anda de ônibus e vida de rainha só mesmo em anúncios como o da Azaléia, no qual sonhava com reis e príncipes. Há três meses ela trocou o Palácio do Grão Pará em Petrópolis, 'nem sei quantos quartos tem lá', por um dois-quartos em Laranjeiras, Zona Sul do Rio. Os pais pagam o aluguel e a faculdade, Paola arca com o resto. Daí o ônibus em vez do carro, ou o táxi, que só usa de vez em quando, rachando a despesa com a amiga com quem divide o apartamento. 'Só vou de táxi quando estou com muita pressa', diz. Paola não usa o sobrenome nem mesmo em seus talões de cheques. Não só por modéstia, mas também por um motivo inusitado: quer fugir da curiosidade alheia. 'Quando as pessoas descobrem que sou princesa, fazem dezenas de perguntas. Tem gente que quer saber até se tenho coroa.' Não tem. Aliás, tem uma, de plástico. 'Usei numa festa à fantasia', explica. A quem se espanta em ver a princesa fazendo economia, ela justifica: a família real não recebe pensão do Estado. 'Se recebesse eu não acharia certo', diz. O que ela talvez não saiba é que, por uma lei antiga, os Orleans ganham uma comissão sobre cada compra e venda de terreno em Petrópolis - o que dá cerca de R$ 3,5 mil por mês para cada descendente de D. Pedro I.


Paola nasceu em Londres, onde viveu somente um ano e meio. Quando sua mãe, Maria Cristina do Rosário Bourbon Orleans e Bragança, separou-se do pai, o príncipe polonês John Paul Sapieha, ela veio para o Brasil. Teve educação rígida e passou por um colégio de freiras. Até hoje, quando uma pessoa mais velha entra no cômodo, ela se levanta para cumprimentar. A família cultiva hábitos como só almoçar e jantar com todos juntos à mesa. Comida no sofá, nem pensar. 'Educação não quer dizer frescura. Sou simples', diz.

A mesma menina que pede desculpas nas poucas vezes que deixa escapar um palavrão bobinho usa piercing no nariz, na língua e no umbigo. 'Minha mãe mandou tirar assim que viu. Eu disse que não podia, que ia inflamar, mas que não usaria mais. Estou com eles até hoje', conta ela, que tentou esconder o da barriga usando blusas mais compridas, mas foi denunciada por uma distração, ao se espreguiçar à mesa. 'Tinha na língua também?', diz a mãe, surpresa. 'Esse eu nem vi. Ainda bem', diverte-se a princesa Maria Cristina, antes de completar: 'Paola sabe o que representa e não precisa mostrar mais do que já mostra'. Apesar do pito, Cristina nunca se opôs à profissão da filha.

A moça tem um príncipe encantado, mas não fala sobre a vida pessoal. Está aprendendo a cozinhar, faz um frango ao molho mostarda 'nota 9,5', mas admite que já deixou a batata queimar. Adora música tecno. Detesta samba. Gosta de praia. Ama cinema europeu. Quer ser desenhista industrial, mas não pretende abandonar a vida de modelo. Votou em Lula para presidente, mas acha que o país deveria ter um rei, porque 'o povo precisa de um símbolo'. Paola é cheia de opostos que atraem.

O caminho até as passarelas foi por acaso. Uma amiga da mãe, dona de uma loja de jóias, convidou-a para posar para fotos de um catálogo no qual as peças remetiam à realeza. Paola tinha 17 anos. Posou de princesa. A brincadeira rendeu tantos elogios que ela resolveu sair de book debaixo do braço, batendo de porta em porta nas agências. O sobrenome ajudou a diferenciá-la das centenas de meninas que fazem o mesmo. 'É claro que o fato de a pessoa saber que sou uma princesa já desperta curiosidade', diz.

Mas a mesma chave que abre também fecha. Paola não pode desfilar de biquíni, nem de roupas transparentes, nem posar nua. 'Minha mãe não deixa, e eu também não gosto. Minha tataravó iria se revirar no caixão se eu fizesse isso', diz, entre risos. 'Ela não precisa. Paola tem um padrão de beleza chique, não é uma menina de praia', afirma o diretor da agência Mega, Sérgio Matos. Até hoje, o máximo de ousadia que se permitiu foram duas fotos de maiô para uma revista masculina de estilo. 'Minha mãe deu aquela olhada de lado, assim, de cara feia', recorda. Quem viu as fotos, porém, deu aquela olhada de frente, assim, de cara feliz.